Assim como dragões, sereias e unicórnios, há diversos mitos e meias verdades sobre mídia online. Alguns deles são repetidos tantas vezes que passam a ser considerados verdades absolutas, regras a serem seguidas. Questionar estes mitos pode ser uma ótima fonte de oportunidades, vamos a eles:
Feriado não vende
Realmente, as vendas de campanhas de pesquisa no Google Ads não vão vender na mesma proporção que um dia útil normal. Isso ocorre porque as pessoas passam menos tempo na frente do computador, provavelmente só farão buscas para compras emergenciais.
Uma boa opção aqui é direcionar investimento para Facebook e Instagram, pois o tempo em redes sociais é maior nestas ocasiões.
Inbound Marketing não precisa de mídia
Também conhecido como “marketing da atração”, o inbound marketing se dedica a produzir conteúdo relevante e explorar a divulgação através de buscas orgânicas, blogs e redes sociais. De fato, Inbound não precisa de mídia, mas precisa de audiência e essa audiência cresce muito mais rapidamente se o conteúdo tiver maior alcance.
Por exemplo, se uma empresa trabalha mídia para trazer mais seguidores, terá maior alcance no seu conteúdo orgânico. Uma outra oportunidade prática é colocar as landing pages de inbound nos sitelinks dos anúncios de Google Ads.
Qualquer lead é válido
Sim, uma lógica simples para obter mais vendas é ter um número maior de leads. Mas isso só é verdade se os leads forem qualificados: a pessoa ativamente forneceu os dados de contato, seja para obter um conteúdo exclusivo ou uma cotação/oportunidade de negócio.
Compre tráfego para gerar leads, mas não compre leads.
Comprar uma base de 50 mil emails é como ligar para todos os números da lista telefônica. Ou muito pior. Ao enviar emails não solicitados muitas pessoas vão classificar como spam. E aí, adeus qualidade. É quase impossível salvar um domínio que entra na lista negra dos maiores serviços (Gmail, Hotmail e Yahoo). O mesmo acontece com WhatsApp, o anunciante pode perder o acesso definitivamente.
Google Ads favorece grandes anunciantes
Não. Não mesmo. Um dos pilares do Google Ads é que ele seja funcional para todos os tamanhos de negócios. O que faz diferença no porte do investimento é a capacidade de cobertura do leilão. Um anunciante que vende tênis da Nike e investe R$ 800 nesta palavra por dia cobre muito mais pesquisas do que uma pequena loja que só consegue investir R$ 20 por dia.
Vale muito mais a pena inserir poucas palavras-chave específicas e cobrir 80% do interesse de busca do que usar palavras amplas e não chegar a 10% das buscas diárias. A qualidade das palavras-chave é muito mais importante do que a quantidade.
É bom anunciar para quem pesquisa o nome do concorrente
Uma pessoa ativamente procurando o nome de uma marca tem uma relação com esta empresa. Por exemplo: quem pesquisa “Jack Daniels” dificilmente estará interessado em comprar o uísque Old Potter, mesmo que ele seja envelhecido em barris de carvalho por cem anos, muito melhor e mais barato que Jack Daniels. Assim como é pouco provável que quem procura por Nescau queira comprar Muky.
Essa estratégia é bem mais útil nas redes sociais, para aproveitar o interesse no tipo de produto específico. Usando o mesmo exemplo, ao anunciar Old Potter para os fãs de Jack Daniels e Johnnie Walker, estamos direcionando os anúncios para pessoas que gostam de uísque.
Anunciar no Facebook não funciona
Ou no Google, tanto faz. Anúncios funcionam sim, a menos que tenham sido reprovados ou não haja dinheiro na conta. Anúncios sempre funcionam. Se os objetivos não estão sendo atingidos, é preciso fazer uma avaliação para descobrir o motivo. Pode ser uma questão de tipo de anúncio, tipo de público, escolha de palavras-chave ou até mesmo uma meta muito ousada para o investimento disponível.
São tantas possibilidades que merecem um post exclusivo. O próximo a ser publicado. Aguarde.